Discurso
Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre
normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das
personagens sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz
fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre
outros, servem para que as falas das personagens sejam introduzidas e elas
ganhem vida, como em
uma peça teatral.
Travessões,
dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das
falas.
Ex.
“O
Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua
dele - Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”
“- Mano
Poeta se enganche na minha garupa!”
Discurso
Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens.
É escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de
palavras suas para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Ex.
“Elisiário
confessou que estava com sono.” (Machado de
Assis)
“Fora
preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do
tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à
fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze horas.” (Lima Barreto)
Discurso
Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a
história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do
autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e
as duas vozes se fundem.
Ex.
“Que
vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem
podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve
quase... quase!”
“Retirou
as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que
raiva...” (Ana
Maria Machado)